Minha paixão pelos livros começou quando eu ainda era uma menininha. Lembro bem de quando tinha seis anos e minha mãe juntava meus outros amigos do prédio, sentava todo mundo no chão, pegava um livro e lia para que nós completássemos as frases da história. Aquela brincadeira fez com que eu criasse um gosto pela leitura, que não me deixou nunca mais.
Depois daqueles livrinhos, de capa amarela com tantas histórias adoráveis - lembro que a minha favorita era a do alfaiate, que os bichinhos costuraram uma roupa inteira para ele (olha que eu só tinha seis anos na época e não esqueço!) - descobri, na estante da casa do meu avô um tesouro! Toda a coleção de capa dura e verde, velha, com folhas amareladas, dos maravilhosos livros de Monteiro Lobato. Comecei com Reinações de Narizinho e não parei mais. Sentava no sofá e mergulhava naquelas histórias de aventura. Ah... como eu queria aquela boneca de pano para mim!
Nem mesmo na adolescência, quando é bom ser rebelde, me afastei das histórias que sempre me fizeram viajar para mundos que eu não conhecia. Me lembro tão bem de quando convenci minha mãe a comprar Cristiane F. para mim, quando eu tinha só 12 anos. Queria comprar, pois era proibido para menores e depois que comecei a ler, fiquei apavorada com tudo o que aquela jovem havia passado. Amava as aventuras dos "Seis", que desvendavam mistérios e também me apaixonava pelos romances.
Ah... Os romances! Conforme fui ficando mais velha, fui descobrindo esses maravilhosos livros e me apaixonando por cada personagem. Comecei com a adorável Rosamunde Pilcher e sua incrível descrição da Irlanda, Escócia e Inglaterra, especialmente da Cornualha, que se tornou o lugar mais desejado do mundo como destino de roteiro de viagem para mim. Sem falar dos cheiros que eu chegava a sentir com aquelas descrições perfeitas da comida, da bebida e do famoso chá da tarde europeu. Sinto tanta falta daqueles personagens, dos desejos que tinham e de tudo mais. Ficava triste quando acabava cada livro e quando li o último publicado pela Rosamunde, me senti orfã.
Mas acreditam que descobri que o filho dela também era autor? Não perdi tempo e voei na livraria. Me derreti com as doces histórias dos quatro livros publicados pelo Robin Pilcher até hoje. Depois, abandonada pela família Pilcher, descobri Nora Roberts e Barbara Delinski. Com cada romance de tirar o fôlego! A Trilogia da Gratidão da Nora, me deixa com saudades até hoje daqueles irmãos maravilhosos e do pequeno Seth.
Depois, veio a Saga Crepúsculo, Selva de Batom e Sushi. Já não tão profundos quanto os outros, mas maravilhosos também. O que eu não entendo é quando alguém diz que não gosta de ler. Não dá. Com os livros você tem a possibilidade de viajar para lugares que jamais imaginou antes, fazer amigos que nunca pensou em conhecer e se apaixonar pelas histórias mais diversas possíveis. Ler é tão bom!
Depois de tantos livros, tantas histórias e tanta fantasia, coloquei a mão na massa e fiz o meu primeiro. Trezentas páginas de uma história doce e divertida, que não tem como alguém não se apaixonar. "Louca por você" - guardem bem esse nome! Se vai ser sucesso, não sei, mas espero que o meu livro faça tantas pessoas sonharem, como outros autores fizeram por mim tempos atrás.
Um comentário:
Os livros nao mudam o mundo.Os livros mudam as pessas.As pessoas mudam o mundo.Sua história me encanta(q inveja).Deus te ilumine,sempre! Como é bom,ler,né?!Boa sorte!
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