Laptop, super computadores, televisão mega fina, HDTV, carro total flex, desenhos japoneses, crianças super dotadas... E um tempo que passa voando, informações demais, conhecimento de menos. Mais virtual e menos real. Estamos indo pelo caminho certo? Quanta rapidez, quanta velocidade! Você é o que você faz na rede. Seu perfil no orkut, facebook, twitter, falam mais sobre você, do que imagina.
Seu celular não tem acesso à internet? Não é um smartphone? Um blackberry? Quantos megapixels tem a câmera acoplada nele? Qual é o videogame que você tem? PS3? WI? Nada disso? Ih... Você é estranho!
As crianças ainda brincam de pique, pulam elástico, jogam câmbio e queimado? Ainda existe a rainha da primavera nas escolas? E as excursões para o teatro (nossa... como eu amava!)? Amarelinha, polícia e ladrão, festinhas com a dança da vassoura (não era axé, mas era todo mundo escolher um par para dançar música lenta e um ficava com a vassoura, dava um tempo e escolhia com quem queria dançar, entregando a vassoura para a outra pessoa), histórias de terror no play (uma faca dentro do fofão, a boneca xuxa que arranhou a menina toda, uma bombinha dentro do rambo)... Isso ainda existe?
Hoje as crianças não respondem mais aqueles cadernos de questionários, elas respondem o formspring. Nada de nave Xuxa, de porta da esperança, ou até mesmo a dos desesperados! Nada de Punk a Levada da Breca, Chiquititas, ou Carrossel. Agora, é Malhação ID (onde os adolescentes só pensam em sexo, ferrar com a vida do outro e traição), é Vida de Garoto, Modinha, Rebeldes...
Por onde andam as doces canções da Arca de Noé? Para dormir, as crianças escutam Luan Santana? E os patins, pogobol, bicicleta com copinho na roda para fazer barulho de moto, os joelhos ralados, as brincadeiras de casinha?
O novo é um máximo, a tecnologia é fantástica, mas as vezes bate um saudosismo! Uma vontade de acreditar que meus filhos vão ser crianças como eu fui ( como eu sou!). Quando ficarem doentes, quero que eles fiquem felizes com um jogo de tabuleiro de presente (eu amava quando minha mãe chegava em casa com aquelas caixas, embaladas com papéis coloridos) e não tristes por não terem recebido um novo jogo do Playstation 5 (?).
Também espero que eles não se sintam entediados quando escutarem as músicas dos Beatles, quando ouvirem Chico, Tom ou Vinícius. E mais do que tudo, espero que eles tenham o prazer de segurar um livro (não uma máquina, uma tela igual a do computador), que gostem do cheiro das folhas velhas dos meus romances preferidos e que imaginem por onde todos aqueles livros já passaram.
O novo x o Antigo! Difícil, né?! Viva a tecnologia que nos facilita a vida! E viva também o passado que nos deixou com histórias, cicatrizes, amigos eternos e reais. Viva as agendas, diários, questionários de folhas amareladas, com respostas mais inocentes.
Hoje o mundo está realmente mais avançado On e off line! Fazer o quê?
"Oh! que saudades que tenho. Da aurora da minha vida, Da minha infância querida. Que os anos não trazem mais!"
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