quinta-feira, agosto 16, 2012

Viagens e viagens

Uma coisa é certa: Gosto não se discute. Desde quando comecei a planejar uma viagem para o ano que vem, já pesquisei inúmeras informações, peguei diversas dicas, conversei com várias pessoas. Resultado: Cada um fala uma coisa. Conclusão: Nenhuma viagem é certa ou errada. Boa ou ruim por completo. O roteiro perfeito de uma pessoa pode ser o pesadelo de outra. Como? Simples, cada um tem um perfil, uma vontade, um gosto que difere - ou não - do outro. 

Aquela excursão pode ter sido um sonho para você e um pesadelo para a pessoa que estava na janela ao seu lado. Determinada cidade, estado ou país pode ser um encanto para uma pessoa e um terror para outra. Não tem jeito. Assim como filmes, livros, músicas... As viagens também precisam ter a cara de quem está viajando. 

Depois de ler, perguntar e conversar, concluí que tenho um gosto "estranho" (risos). A viagem dos meus sonhos, difere bastante da maioria das pessoas. Dessa maneira, concluí também que não devo ser uma boa companheira na hora de colocar o pé na estrada. Ainda bem que nunca me aventurei pelo mundo com um grande grupo de amigos e por sorte, todas as viagens que fiz com alguns deles foram perfeitas. Inconscientemente devo ter escolhido as pessoas certas para fazer viagens memoráveis, em lugares que poderiam ser bem bobinhos e sem grandes emoções.

O que é uma viagem perfeita para mim? Para começar é uma coisa sem estresse. Quando viajo, penso em férias! A ideia que tenho ao pegar a estrada ou o avião é de curtição, descanso e novas experiências. Chego a ficar cansada quando leio roteiros de pessoas que passam o dia inteiro andando para conhecer todos os pontos turísticos daqui ou dali. Para mim, não dá. Principalmente por não ser muito fã de pontos turísticos. Avisei que meu gosto era estranho. Mas é a verdade.

Filas me dão nervoso. Fila para um passeio? Fila me lembra banco, obrigações e não diversão.O que eu gosto mesmo é de sentir o lugar. Gosto de andar na rua observando as pessoas, os moradores, o dia a dia de quem é dali. Amo sentar para provar a comida local, a cerveja local ou o vinho (hummmmm!!). Adoro passear à noite até descobrir o lugar mais legal para curtir o fim o dia.

Não acho que é uma obrigação viajar para o exterior e entrar em todas as igrejas, museus e coisas do tipo. Moro no Rio desde que nasci e não conheço todos os roteiros turísticos daqui. Por que vou gastar meus preciosos dias em outra cidade ou país fazendo o que não tenho vontade? Só por obrigação? Só porque todos fazem?! Ah, mas eu não faço mesmo! E bato o pé.

Mas é claro que para mim, alguns dos lugares cheios de turistas são realmente imperdíveis. Quando for passear na Europa, não deixarei de maneira alguma de ir na Casa da Julieta, em Verona. Lá, com certeza vou procurar as secretárias e bater um papo em italiano (língua mais linda do mundo) com as mulheres que fazem esse trabalho fofo - responder cartinhas de apaixonadas do mundo inteiro, que pedem conselhos para Julieta sobre o amor!). Também não posso deixar de fazer toda a rota dos Beatles, em Liverpool. Como deixar isso passar? E as vinícolas?! Um sonho! Um dia inteiro de queijos, vinhos e aprendizados sobre uvas, colheitas...

Da mesma forma que acredito que quem é fã do Mickey e cia deve voltar à Disney quantas vezes achar necessário. Ou fazer a rota das igrejas, se for essa a paixão da pessoa. Ou conhecer todos os estádios de futebol do mundo (isso eu bem que queria também!).

O que acredito é que cada pessoa tem um estilo e não deve se sentir na obrigação de incluir uma coisa no roteiro só porque é o que todo mundo faz. O ideal é ler, conversar e pesquisar... Pegar dicas em blogs, com pessoas e com tudo isso, montar o seu roteiro. Do jeito que você acha legal. Provavelmente a minha viagem vai passar longe do que seria ideal para a maioria das pessoas, mas tenho a certeza de que para mim será inesquecível. 

Um comentário:

Anônimo disse...

Me senti representada na parte sobre voltar mil vezes na Disney! <3