terça-feira, julho 16, 2013

Roteiro lua de mel: De Buenos Aires para Colônia

02 - Argentina / Uruguai: Pegamos o primeiro Buquebus (Nas próximas postagens vou contar a sorte - ou azar?! - que tivemos aqui) para Colônia, no Uruguai. (que lugar MARAVILHOSO!!!). Ficamos hospedados no hotel Don Antônio (lindo e pertinho do Centro Histórico!!). Almoçamos no restaurante Santa Rita (confesso que não esperava muito do lugar, mas a comida era divina!!) e passeamos por todas as ruas maravilhosas de lá. Alugamos o famoso carrinho de golfe para passear pela rambla (nosso calçadão) e para conhecer a Plaza del Toro (que fica afastada do centro histórico). Morremos de frio e voltamos para o hotel. Jantamos no Mercosur um Chivito (confesso que achei o restaurante bem no estilo "para turistas").




Bom, uma das minhas primeiras preocupações quando fechamos o nosso roteiro foi: Será que esse barco balança muito?! Sim! Sou medrosa por natureza. É avião, barco, metrô... Fico tensa com tudo que é muito fechado e que me deixa sem opções de controle. Nada como o avião, claro! Esse me deixa apavorada e não apenas tensa, como já contei aqui! Fiz algumas pesquisas e achei poucos blogues falando sobre o balanço da travessia. Bom sinal? Por via das dúvidas, convenci o meu marido a comprar o Buquebus maior. Por mais que ele levasse três horas para chegar em Colônia - o menor leva uma hora - achei mais garantido. O maior tem terraço e por ser enorme, o risco de balançar é bem menor, certo? Não sei! Mesmo pagando mais barato pelo barco lento, na hora do embarque colocaram a gente no rápido. 

Sorte ou azar?

Ainda tenho um pouco de dúvida. Para os medrosos de plantão: Não precisam se preocupar. O barco não balança nada! E ainda tem um ótimo free shop para distrair a viagem. Pensando dessa maneira, foi uma sorte grande a nossa mudança de embarcação (ainda não sei o motivo!). Pagamos menos, chegamos mais rápido e não teve balanço algum. 

E por qual motivo isso tudo poderia ter sido um azar? O barco é fofo, com ar condicionado, cantinas, mas é todo fechado. Segundo a descrição no site, o maior é aberto, já que conta com um terraço. E o problema de ser fechado não foi medo nem nada. A parte terrível de não ter janelas é que como o barco é todo com carpete, a poeira é gigante! E se você senta nos bancos laterais, pode ter a certeza de que irá sentir a poeira entrando pelo nariz e isso não é nada legal! 

Depois da poeira... O sonho!

Colônia de Sacramento é um dos lugares mais lindos que já estive em toda a minha vida. E olha que conheço muitas das cidades históricas do Brasil, mas o charme daquele lugarzinho no Uruguai é tanto que nos deixa até mesmo em dúvida se é um lugar real ou uma cidade cenográfica. 

Cheguei bufando e quase sem conseguir respirar pelo nariz depois do sufoco no Buquebus. Pensei que começaria a minha visita ao Uruguai com o pé esquerdo, mas foi só entrar na central de informações turísticas da rodoviária, para que qualquer problema fosse esquecido. Fomos atendidos (acho que aqui caberia muito mais a palavra recebidos ou até mesmo acolhidos) pelo senhor mais fofo do mundo que demonstrava prazer em trabalhar ali e um amor declarado pelo seu país. O orgulho que ele passava ao falar de cada ponto turístico de Colônia já me fez ficar encantada pelo lugar. ó não imaginava que o encanto pudesse ser ainda maior ao seguir a pé pela ladeiras a caminho do nosso hotel.

Decidimos andar, pois a cidade pede por isso. As ruas são lindas e, apesar do frio, acho que o outono deixa tudo ainda mais romântico. 

Ficar ou não uma noite em Colônia?

Não estava nos nossos planos iniciais passar uma noite ali. Li em diversos blogues que algumas horas são suficientes para conhecer Colônia. Verdade? Sim! Se você quiser pegar um city tour e conhecer a história e os locais e sair correndo, é uma opção. Pode ser apenas uma cidade linda para fotos maravilhosas. Mas depois de ouvir a opinião de alguns amigos que já tinham ido até lá, decidimos colocar uma noite em Colônia no nosso roteiro. Dessa maneira não precisamos de um ônibus para percorrer os lugarzinhos da cidade histórica. Caminhamos o dia inteiro, sentamos para admirar diversas ruazinhas estreitas e apaixonantes e aproveitamos cada esquina para suspirar, tirar foto e ter vontade de ficar ali para sempre.

O que comer?

Fomos ao restaurante Santa Rita. Assim como o restaurante ao lado - que descobri depois que é um dos mais famosos de Colônia -  não dei muito pelo lugar. Não era um dos lugares mais bonitos, mas gostamos do cardápio e fomos atraídos por duas taças de vinho branco que o garçom nos serviu como cortesia para que nos esquentássemos enquanto líamos o cardápio e decidíamos se seria aquele ou não o lugar do nosso almoço.

Enquanto aguardávamos a comida, a dúvida continuou. Mas ela só durou até chegar o vinho. Que vinho! Bebemos o Cuna de Piedra - Reserva Roble e eu amei!!! Não demorou muito até que chegasse o nosso prato principal: Carne, batata assada, molho e arroz. E naquele momento entendi o motivo de falarem tanto da carne uruguaia e argentina. MEU DEUS!! A carne era enorme e não sobrou nem um pedacinho para contar história. O vinho harmonizou perfeitamente com o nosso prato e ficamos até tristes na hora de ir embora.

Carrinho de golfe
Depois de aproveitar a gastronomia de Colônia, achamos melhor alugar o famoso carrinho de golfe para continuar o passeio pela cidade. É bem divertido, mas confesso que depois das cinco me arrependi de não ter escolhido um carro normal. Ficamos na praia para ver o sol se pôr e quase morremos de frio. Achei que iria congelar naquele lugar. Mas o visual do sol indo embora compensou todo o sofrimento do vento gelado. O cenário era espetacular!

Hospedagem


Ficamos hospedados no Hotel Dom Antônio. É bem fofo e fica em uma das ruas mais bonitas de Colônia. A cama é gigante como nos outros hotéis e o café da manhã também é bem gostoso. O banheiro é naquele estilinho de fazenda, sabe?! Com cortina no boxe ao invés de vidro e pia azul. Não é do tipo sofisticado. Mas isso não chega a ser uma coisa ruim, principalmente por saber que você está em uma cidade colonial. 




Arrependimento

Tenho um arrependimento gigante, mas ainda pretendo voltar lá para me perdoar. Como a nossa viagem era cheia de paradas, levei apenas uma mala. Ou seja: pouca roupa, que é o mesmo que pouco casaco. Por esse motivo, não conseguimos ir ao Centro Histórico na hora do jantar. Alguns amigos falaram que esse era um programa perfeito! Pois além de gostoso, é muito romântico. As ruas ficam iluminadas por lampiões e tudo fica com um climinha de passado. Essa é uma grande frustração que carreguei comigo durante toda a viagem. Queria demais ter parado nos restaurantes fofos, com cadeiras nas ruas para beber um vinho e comer uma das delícias locais. Mas não consegui ir para muito longe do hotel. Fomos ao Mercosur, que ficava na frente da nossa rua e comemos um chivito. Tudo no restaurante me fez acreditar que é um dos "para turistas", sabe?! E isso não me agrada nem um pouco. O Chivito - que é bem parecido com o nosso bauru - estava ok e só. Bebemos uma cerveja Patrícia no lugar do vinho que caía melhor com o que decidimos comer. 

Dicas: 

A maior parte dos restaurantes aceitam o real e fazem a conversão para 10 pesos uruguaios. Já as agências de câmbio fazem a 8. 

Leve um casaco bem quentinho, pois faz MUITO frio em Colônia.

Dúvidas?

Podem continuar enviando e-mails, mensagens no Facebook ou comentando por aqui. Estou adorando as mensagens e tenho o maior prazer em ajudar! O roteiro continua amanhã! É delicioso poder reviver essa viagem perfeita!

2 comentários:

Anônimo disse...

Nanda, quando voce fala que o buquebus rápido étodo fechado, quer dizer que não tem janelas e não vê o exterior?

Nanda Belém disse...

Nãooo... É todo fechado, pois os vidros não abrem! Mas o problema foi apenas na ida, na volta nós sentamos no meio do barco e foi mais tranquilo. Perto da janela é que tem poeira pra caramba!