Sempre que ia para Búzios já começava a sentir a expectativa desde quando começava a fazer as malas. A frase que lí em algum lugar (não me lembro se no site ou na entrada principal de Búzios) de Vinícius de Moraes "As feias que me perdoem, mas beleza é fundamental...", refletia exatamente como eu via o meu pequeno paraíso: Não existiam pessoas feias em Búzios. O astral daquele lugar iluminava qualquer um, deixava até o mais sem graça, bonito de verdade.
Claro que deveria ter um feinho aqui ou outro ali (aqueles que não entravam no clima de Búzios), mas no geral, as pessoas que caminhavam pela Rua das Pedras nas noites de verão, eram lindas! Cabelos modernos, roupas lindas, sandálias rasteirinhas e idiomas, muitos, muitos idiomas circulavam por aquela rua cheia de barzinhos maravilhosos. Me sentia como se estivesse em Ibiza ou Saint-Tropez e pensava que desde a época em que Brigitte Bardot vinha brilhar com sua beleza em Búzios, aquele lugar já era assim.
Claro que deveria ter um feinho aqui ou outro ali (aqueles que não entravam no clima de Búzios), mas no geral, as pessoas que caminhavam pela Rua das Pedras nas noites de verão, eram lindas! Cabelos modernos, roupas lindas, sandálias rasteirinhas e idiomas, muitos, muitos idiomas circulavam por aquela rua cheia de barzinhos maravilhosos. Me sentia como se estivesse em Ibiza ou Saint-Tropez e pensava que desde a época em que Brigitte Bardot vinha brilhar com sua beleza em Búzios, aquele lugar já era assim.
De dezembro até o carnaval você podia ir para aquele lugarzinho especial da Região dos Lagos e desfrutar dos melhores hotéis, melhores restaurantes, melhores lojas de roupas e praias bem gostosas. Fazer amigos por lá parecia ser obrigação. Adorava almoçar ali mesmo na Rua das Pedras, em um restaurante maravilhoso que ficava de frente para o mar e servia um camarão deliciosooooooooo... Hoje, o meu restaurante favorito deu lugar a Pacha.
Outro lugar que jamais irá sair da minha memória dos melhores dias de Búzios era o barzinho (que dava medo) Takatakata. O que é Búzios sem aquele lugar inusitado, em que o dono (o brasileiro com cara de holandês Kaiser), vestido com um avental branco e uma bandana na cabeça, servia os melhores drinks da região? Quem nunca parou, juntou as mãozinhas no vidro para olhar o que acontecia dentro do bar? O dono escolhia quem entrava, não era um bar para qualquer um, o que fazia aumentar ainda mais a expectativa - Será que hoje eu vou conhecer?
Mas infelizmente o dono do Takatakata, com todo a sua excentricidade, não está mais aqui na terra. Soube que ele sofreu um AVC e foi para o céu. Uma pena. Fico pensando com quem ficou o cachorro que o acompanhava durante todas as noites dentro do bar. Depois que faleceu, o bar foi embora junto. Destruiram aquele lugar inusitado de Búzios. E também fecharam as portas do Guapo Loco, levando embora seu Sex on the Beach super gostoso.
Hoje, Búzios conta com boates de primeira: Privilege, Pacha e Búzios 40 graus. Por conta disso, andando pela Rua das Pedras, no lugar das rasteirinhas, passeiam as sandálias de salto alto, que vão tropeçando a cada passo, algumas até torcendo o pé.
Nos últimos dias do ano dei uma passada no meu pequeno paraíso e descobri que aquele lugar perdeu a sua identidade, já não me encanta mais. Para onde foram as chilenas com seus cabelos super modernos e desfiados? E os Argentinos? E todas aquelas famílias de diversos lugares da Europa? E o principal: Para onde foram as sandálias rasteirinhas???? Será que a crise afastou todos os turistas e suas culturas?
Como bem observou minha amiga de twitter @Luana_Macedo, não foi nada disso que aconteceu. Na verdade, foi Manoel Carlos que fez com que todo mundo quisesse "Viver a Vida" e Búzios virou lugar de modinha. Deixou de ter a cara e o charme de Brigitte Bardot, para ter a cara da "Helena". Fazer o quê?
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